segunda-feira, 6 de junho de 2011

As Mulheres e a Filosofia do Rock no CCBB-SP

No dia 7 de junho, projeto recebe a guitarrista Elisa Gargiulo, da banda Dominatrix, para discutir a importância da presença feminina na história do rock



A história do rock não foi construída apenas com a contribuição masculina. As mulheres tiveram – e ainda têm – grande importância. São justamente elas o tema da próxima aula-show realizada dentro do projeto A Filosofia do Rock, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Sob o tópico As Mulheres na História do Rock, no dia 7 de junho, a anfitriã do projeto, a filósofa Márcia Tiburi, receberá como convidada Elisa Gargiulo, vocalista e guitarrista da banda Dominatrix. 


Uma vez por mês, desde abril, esses encontros mostram que o rock não é apenas um gênero musical, mas uma das manifestações antropológicas que mais reflete os sentimentos, os pensamentos e a perspectiva de mundo das últimas gerações. Em que questões filosóficas estamos submersos quando cultuamos os grandes roqueiros e suas bandas? Essa relação inerente entre a música e a filosofia norteia toda a programação do projeto, que se estende até 8 de novembro.

PRÓXIMOS ENCONTROS:
Tendo a banda brasileira Legião Urbana e o filósofo francês Michel Foucault como pontos de partida, Márcia e o músico Thedy Corrêa se encontram no dia 5 de julho para discorrer sobre a crítica do cinismo próprio ao poder, as imagens da desigualdade social urbana e os jogos de poder burgueses, como a família, a amizade e a religião.

O cantor Kid Vinil é o convidado de 9 de agosto, dia voltado ao Punk Rock e Nietzsche. O punk aparece na cena da história e da filosofia do rock como fabricação da revolta. Nietzsche, o pensador que tratou da filosofia como perturbação e provocação, surge como figura essencial para o debate quando se descobre que a forma musical é uma arma nada pacífica.

No dia 13 de setembro, Velvet Underground e Nietzsche são temas do diálogo entre a irônica poética do submundo da banda que fez sucesso nos anos 70 e a crítica do progresso na filosofia da decadência. Com a participação do produtor, jornalista e compositor Nelson Motta, no dia 4 de outubro, o tema Rolling Stones e as Filosofias Negativas traz à tona a profanação, o prazer do corpo, as liberdades do gozo corporal, em diálogo com a obra de Georges Bataille, Sigmund Freud e Herbert Marcuse.

Para encerrar a programação, no dia 8 de novembro, Márcia e Thedy conduzem as discussões envolvendo Radiohead e Nirvana, Ideologia e Sociedade do Espetáculo, com enfoque na melancolia da sociedade tecnológica e globalizada, a descrença e adolescência como projeto sem futuro, Vilém Flusser e Guy Debord, entre outras questões. No Rio de Janeiro, a Filosofia do Rock será realizada de 11 de maio a 16 de novembro. Para ouvir e refletir.


7/6 – Marcia Tiburi e Elisa Gargiulo – As Mulheres na História do Rock
5/7 – Márcia Tiburi e Thedy Corrêa – Legião Urbana e Michel Foucault
9/8 – Márcia Tiburi e Kid Vinil – Punk Rock e Nietzsche
13/9 – Márcia Tiburi e Thedy Corrêa – Velvet Underground, Nietzsche e as Filosofias Pós-Modernas
4/10 – Márcia Tiburi e Nelson Motta – Rolling Stones e as Filosofias Negativas 
8/11 - Márcia Tiburi e Thedy Corrêa – Radiohead e Nirvana, Ideologia e Sociedade do Espetáculo


Serviço:
Filosofia do Rock
De: 05 de abril a 08 de novembro de 2011 – sempre das 19h30 às 21h30 

Curadoria: Márcia Tiburi

Onde:  Centro Cultural Banco do Brasil


Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo
(próximo às estações Sé e São Bento do Metrô)
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652
Aberto de terça a domingo, das 9h às 20h.
Sala de cinema: 1° andar.
Local: Cinema (70 lugares).
Classificação etária: 10 anos.
Entrada grátis ( retirar ingressos 1 horas antes do espetáculo).

2 comentários:

  1. Nota O para a organização do evento na noite de ontem. Como pode o CCBB/SP colocar no flay e no site da internet que ira distribuir os incressos 1 hora antes do envento e as 17h distribuir uma pré senha? Eu, assim como outros muitos interessados na palestra, não apenas por gostarmos de Legião, mas também por ter estudado Foucault na universidade, e sermos professores e pesquisadores, ficamos para fora do evento. Isso porque eu cheguei as 18h, e pelas informações dadas seria a partir das 18h30 que distribuiriam a senha. Fiquei muito descepcionada por não ter participado do encontro, que com certeza foi maravilhoso. Espero que se organize melhor nas próximas vezes e que eventos assim se repitam em locais que levem em consideração quem trabalha e não pode "madrugar" na fila.

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  2. Cara Paty Doria, desculpe-nos o transtorno, mas, deixo claro que também nas informação que aqui publicamos é informado o número de pessoas que limita a sala, o que não é um problema de Produção/Organização, e, ao contrário, são as normas legais que cabem a instituição reglar, neste caso, o CCBB SP. Espero que consiga estar no próximo. Abraço,

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