Projeto Filosofia do Rock, no CCBB, revela uma intrínseca relação entre o gênero musical e os pensamentos filosóficos, com a participação de convidados especiais, como Nelson Motta, Simoninha e Kid Vinil
Na próxima quarta-feira, 11 às 18h30 no Centro Cultural Banco do Brasil RJ tem debate das meninas
Foto: Emmanuelle Bernard
Sob o tema - Cássia Eller, o rock nacional e a filosofia da voz - Dos Mutantes e Raul Seixas, chegando aos Titãs e ao Barão Vermelho, a história do rock nacional não acaba. Cássia Eller foi uma das suas figuras mais importantes ao assumir-se como intérprete do rock nacional. Como cantora ela marca um lugar tão pós-feminista quanto pós-feminino na história da canção. Destoando da cena mais habitual das cantoras brasileiras, Cássia foi a anti-diva que perturbou a cena com sua voz inesquecível. Cássia foi a simples cantora que, encarnando um modo de ser antiperformático, deu um lugar especial e incomum ao papel da voz na canção brasileira e no rock feito por mulheres. Esse encontro é também uma homenagem à amizade e a admiração de Zélia Duncan – ela mesma parte da história do rock brasileiro - por Cássia.
A segunda edição de A Filosofia do Rock aconteceu na última terça-feira (3/5) e, mais uma vez, plateia cheia, para acompanhar a filósofa Márcia Tiburi e ouvir o músico Simoninha numa conversa interessante relacionando a trajetória e obra dos Beatles e o pensamento do filósofo austríaco Wittgenstein.
“Eu gostaria de fazer filosofia como quem faz rock”, disse a filósofa.
Traçando a relação com os jogos de linguagem propostos por Wittgenstein, que trata da ação e da racionalidade atrás das palavras e da fala, falou-se bastante das letras do grupo. No início da carreira, eram mais românticas, “bonitinhas” e até ingênuas, mase depois, principalmente a partir do álbum Rubber Soul (1965), tornaram-se surreais, mais sofisticadas na narrativa e com diferentes significados, como Lucy in the Sky with Diamonds, Eleanor Rigby e Yellow Submarine.Na abertura do debate, Márcia reiterou o objetivo do projeto: cometer uma heresia ao usar o rock como metodologia para falar de filosofia.
foto: divulgação
Você perdeu??? Não fique triste porque afinal o mês que vem tem mais (vamos até novembro/2011). E para você internauta que nos lê, temos um 'pedacinho' do debate, confira:
O músico será recebido no dia 3 de maio pela filósofa Márcia Tiburi no projeto A Filosofia do Rock, que revela a relação entre o gênero musical e os pensamentos filosófico
fotografia: Rafael Kent
O cantor e compositor Simoninha é o próximo convidado da filósofa Márcia Tiburi no projeto A Filosofia do Rock, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo. No dia 3 de maio, ele participa do debate dedicado a Beatles e Wittgenstein – e os jogos de linguagem. Wittgenstein foi o pensador dos jogos de linguagem; já o rock pode ser compreendido como um jogo de linguagem, no qual incluem-se outros jogos de linguagem. Do blues ao rockabilly, passando pelo pop rock, o rock é uma multiplicidade de discursos e tentativas de escapar dele.
Serviço:
03 DE MAIO - TERÇA, 19H30 ( Entrada gratuita mediante retirada de senha distribuída 1 hora antes do início do evento. )
CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL SP Rua Álvares Penteado, 112 Centro - SP Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô Informações: 11 3113-3651 / 3113-3652